Se hoje tenho saudades de algo são saudades do futuro.
De um futuro perfeito e imaginado. Com todos os pormenores artísticos e rabugentos, desleixados e perfeitos(aos nossos olhos).
Se depois de não te ter te imaginei foram projecções do que seriamos com base no que sei de mim e de ti.
Nada disso existirá porque não funcionamos juntos...só na imaginação.
Quando não te soube explicar o que era resolveste o problema e com um sorriso disseste-me: "amor platónico"
E assim ficámos...até hoje. a viver o nosso amor platónico.
Hoje estive numa formação de voluntariado universitário. As expectativas não eram muitas, mas a minha mãe tem razão quando diz que "estamos sempre a apreender". É verdade...ainda não fiz o rescaldo positivo da formação porque ainda não me apeteceu pensar sobre isso.
Mas o que não me sai da cabeça é o facto de se querer transformar o voluntariado numa cadeira do curso e atribuir-lhe créditos. Ora quer dizer, vêm com a história de que voluntário é dar sem receber nada em troca, é um serviço de cidadania para o qual se deve ter compromisso e responsabilidade...e depois querem que se torne numa cadeira. Uiii que cadeirão!!! O dar sem receber tornar-se-à no toma lá e dá cá(a nota), o compromisso deixa de o ser apenas a nível pessoal para ser um compromisso da faculdade assim como a responsabilidade.
E cereja em cima do bolo, pergunto: E o altruísmo?
O que me move para ser voluntária é mesmo o altruísmo, o sentido de dar aos outros para me sentir bem!
O problema do voluntariado é confundi-lo com a execução de tarefas que poderiam ser desempenhadas e remuneradas.
Enfim...
querem fazer tanto que acabam por estragar tudo.
E isto não é apenas uma opinião ou um desabafo
Estive no Porto pela terceira vez. A cada vez que lá vou sinto-me mais apaixonada pela cidade. Primeiro pelas duas vezes em que lá fui e pelo sentimento que relembro nas duas estadias, o que senti lá, o que vivi lá e o que estava a viver naquele momento na minha vida. Segundo porque é uma cidade bonita, onde as pessoas são diferentes das de Lisboa e do Algarve, onde a arquitectura é diferente o que transforma logo o ambiente, onde há arte e gente gira nas ruas.
Foi também a primeira viagem com os colegas de faculdade.
Adoro o Porto. Adoro passear. Adoro rir e conhecer-me enquanto conheço outros sítios.
Agora que volto a mim, depois de ter estado em outro lugar que não eu, reparo que não eram sonhos de adolescente nem ambições de criança!
Para voltar a mim precisava de encontrar-me nos outros. Não ser os outros. Mas encontrar os sinais nas palavras professadas, encontrar a minha força no espelho que são os amigos, os conhecidos, os desconhecidos e os não-amigos.
Agora que o sol voltou, só preciso de sal.
Não é por aquilo que vejo mas sim por aquilo que sinto.
É pelo reencontro do olhar mágico, e pelo sorriso sentido de pessoas que se gostam.
Há coisas que ficam em suspenso e é melhor assim. Há coisas que não chegam a acontecer. Não chegam a acontecer por mutuo sentimento, por desconhecimento daquilo que se conhece mas que está recalcado...é mais fácil assim, dá menos trabalho. Mas traremos sempre connosco a certeza de que quando nos reencontramos há faíscas coloridas à nossa volta que mais ninguém vê...
Sei de ti sem saber fisicamente há muito tempo. É isto que nos acontece. Por mais perto que estejamos vem sempre alguma coisa que aumenta a distância física...talvez para nosso bem.
Não faz mal, somos felizes das duas maneiras: perto ou longe
P.S. i love you (incondicionalmente ou de outra forma que não sei dizer)
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